Sou sonoplasta há aproximadamente dois anos e, ao longo deste percurso, tenho vivido uma experiência profundamente enriquecedora, tanto a nível pessoal quanto profissional. Fui contemplada com uma bolsa de estudos no âmbito do programa PROCULTURA, uma iniciativa financiada pela União Europeia, gerida e cofinanciada pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, e também cofinanciada pela Fundação Calouste Gulbenkian. Trabalhar com sonoplastia tem sido uma jornada inspiradora, onde aprendo diariamente com os desafios e as possibilidades oferecidas pela engenharia do som. Este é um campo que exige sensibilidade artística, rigor técnico e constante atualização — elementos que abraço com entusiasmo. Contribuir com a minha força física e intelectual para os projetos em que estou envolvida tem sido uma honra e uma experiência única. Reconheço, no entanto, que ainda enfrentamos diversos estereótipos de género no setor. Por isso, além do meu trabalho técnico, assumo também a missão de promover mudanças de mentalidade, incentivando a valorização e o reconhecimento do papel da mulher na sonoplastia e nas artes em geral.